Chapter 45: Capítulo 44
Chapter 45: Capítulo 44
3 dias depois...
Graças a Deus tinha chego a tão esperada sexta-feira, eu estava dando uma passeada pelo shopping
enquanto esperava a chegada de Katia ao mesmo para terminamos de resolver os negócios sobre a
casa. Meu pai tinha assinado todos os documentos pedidos, pra me ver bem longe dele, ele assinava
até um guardanapo.
No meu encontro com o mesmo foi tudo muito direto e sem enrolação. Tinha ido me encontrar com ele
com um propósito, fui direta e objetiva, sem papo furado ou conversa fora. Eu não havia esquecido o
que ele tinha feito e tinha me falado, tudo estava bem guardado na memória e só recorri ao mesmo
por não ter outra opção e não porque eu quis.
Fiquei olhando as vitrines das lojas para passar o tempo, passei em frente a uma loja de bebê e babei
todas as roupinhas que estavam na vitrine mas acabei me desperçando com a ligação de Kátia e
esquecendo das mesmas. Andei tranquilamente até a praça de alimentação, onde eu havia marcado
com Kátia.
Depois de um tempo procurando a mesma, a encontrei e fui em sua direção. Ela se levantou e veio a
meu encontro também.
— Demorou mas achou — rimos e nos cumprimentamos.
Mesmo já tendo falado no encontro anterior, Kátia voltou a repetir algumas coisas importantes e foi até
bom, que eu já tinha total me esquecido. Como a mesma tinha morado na casa um tempo atrás, me
explicou um pouco sobre a vizinhança e o bairro e me parecia um lugar bem tranquilo até.
Era disso que eu estava precisando, de paz.
— Aqui está os documentos assinados pelo meu Pai e por mim— entreguei a pasta para ela.
Ela analisou todos os papéis, um por um e confesso que estava começando a ficar nervosa, tudo o
que eu queria era poder morar sozinha, sem Gabriel, sem Diego, sem ninguém, apenas eu e meu
filho. Depois de um tempo analisando os documentos ela os guardou na pasta novamente e eu já
tinha acabado com todas as minhas unhas de tão nervosa que eu estava.
— Bom...— deu uma pausa — todos os documentos estão assinados corretamente, não tenho o que
falar a não ser que a casa agora é sua — sorriu.
Só faltou eu gritar de alegria, na mesma hora levantei para abraçar Kátia que ria da minha reação.
Não acreditava que tinha conseguido alugar uma casa, que agora seria eu por eu mesmo e que eu
teria mais uma responsabilidade.
Nada disso era o que eu tinha planejado para minha vida, nunca me vi grávida aos dezessete, grávida
de um garoto que até pouco tempo eu odiava e nunca me vi morando sozinha antes da faculdade.
Nada disso tinha sido planejado e tudo isso estava sendo um baita choque pra mim.
Não tinha dúvidas que minha vida tinha mudado radicalmente.
Kátia me entregou a chave da casa e antes de ir embora me explicou mais algumas coisas básicas.
Assim que tudo estava resolvido nos despedimos com um dois beijos no rosto, sendo assim ela indo
para um lado e eu para o outro. Ao mesmo tempo que eu estava feliz, eu também estava nervosa,
preocupada e ansiosa.
Eu estava sentindo uma mistura de emoções.
Fiquei um tempo no shopping ainda, aproveitei pra comprar umas roupas pra mim e acabei
incorporando o espírito de dona de casa e comprei um conjunto de prato, de talheres, de copos e mais
outras coisas que eu não fazia a mínima ideia pra que servia mas havia comprado porque tinha
achado bonito.
Antes de ir embora passei no Mcdonald's, comprei dois hambúrguers com batata e pedi para viajem.
Eu estava cheia de bolsas, assim que o mesmo ficou pronto chamei o Uber e o esperei em frente ao
shopping. Uns cinco minutos depois o mesmo chegou, entrei no carro e fechei a porta.
No rádio tocava "Fix you" do Coldplay, o trânsito estava favorável e em vinte minutos eu havia chego
no prédio de Diego. Paguei o motorista e sai do carro agradecendo o mesmo logo entrando no Prédio.
Pra mim qualquer viajem do Uber valia cinco estrelas, desde que não me sequestrasse estava ótimo.
Abri a porta dando de cara com Diego apenas de samba canção e com meias dos Simpsons na
cozinha. Passei direto pelo mesmo, joguei todas as bolsas na cama e voltei apenas com o saco do
McDonald's o colocando em cima do balcão.
— Trouxe hambúrguer — disse sem olhar para ele e abrindo a sacola.
— O que é isso? — se aproximou — um pedido de desculpas por ser idiota e inconsequente? —
arqueou a sobrancelha.
— Qual é, Diego — bufei — o tempo das nossas guerrinhas já passou, eu entendo sua raiva mas não
quero ficar mais nesse clima, já deu.
Ele não disse nada, apenas me escutou me olhando sem expressão alguma.
— Você pode pelo menos me responder se vai querer o hambúrguer ou não? — suspirei — que aí eu
como o seu também— rimos.
— Engraçadinha — pegou o hambúrguer da minha mão — pelo menos você acertou o hambúrguer
que eu gosto — disse de boca cheia enquanto andava em direção ao seu quarto.
— De nada — gritei da cozinha.
Não me importava com minha relação com Diego, pra mim estava ótimo a gente sem se falar mas
nesses três dias que passaram eu pensei bastante e principalmente sobre isso. Apesar do Diego me
irritar fácil com seu jeito de "senhor sabe de tudo" eu não queria ir embora no clima que estávamos,
não podia ser ingrata dessa forma e não podia ignorar o que ele tinha feito por mim nessas semanas.
Sabia que todo esforço seria pelo bebê, nós seríamos apenas colegas e nada mais que isso. Depois
disso me senti bem, sem clima chato, sem piadinhas, sem nada. Comi meu hambúrguer em pé na
bancada enquanto mexia no celular, eu estava morta de fome e o pessoal do colégio não parava de
falar no grupo.
Mensagem on:
Lya Vaca
Qual é a boa para amanhã, arrombados?
Eu
Sou virgem, amor
Gusta
Nem no signo, coitada, alguém avisa?
Eu
Pedro
Tô afim de ir para a Pub, o que vocês acham?
Gusta
Eu topo
Natália
Eu também
Lya Vaca
Já tô lá ♀
Eu
Sou da igreja, não frequento mais esses lugares de pecadores, af
Lya Vaca
Manuela dormiu com o bozo hoje, tá a própria circo
Eu Material © NôvelDrama.Org.
Que engraçado, achei que a única palhaça fosse você
Natália
Aii, toma
Lya Vaca
Vagabunda
Off.
Gargalhava alto com as mensagens, deixei o telefone de lado e fui jogar as coisas fora e depois fui
para o quarto. Tomei um banho rápido, coloquei uma roupa qualquer e com preguiça de arrumar as
compras, as coloquei no canto do quarto.
Fiquei vendo filme até pegar no sono.